domingo, 4 de agosto de 2013

Meu reverb experimental baseado nos "Spring Reverbs" e feito com partes reaproveitadas de sucata está praticamente pronto.

1 - O sinal sonoro passa por um amplificador de áudio (que pode ser tirado de uma caixa de som de PC).
2 - A saída de áudio cai em um alto falante ( este eu tirei de uma TV quebrada), e uma ponta da mola é colada com resina no miolo.
3- O sinal é transmitido pela mola que reverbera até chegar em um captador piezo, feito com uma campainha (buzzer) de um PC quebrado.

No final o sinal sai como um sinal comum de microfone. Agora é acondicionar isso tudo em uma caixa que eu possa carregar por aí.

quarta-feira, 1 de maio de 2013

Invenções Sonoras - Sesc Consolação - 2007


Além de ficar muito feliz em ser chamado para expor, foi um evento que me deu a chance de conhecer o trabalho de muita gente que fazia coisas parecidas com as minhas.

O evento todo incluía palestras, workshops e apresentações dos inventores de instrumentos. Para quem tiver curiosidade, o Sesc ainda mantém a página de divulgação do evento: 

Na abertura do evento toquei junto com o Paulo Beto e o Paulo Nenflídio, que trouxe coisas geniais como um berimbau eletrônico. Logo depois  toquei com o LCD, em uma sessão bastante ruidosa de improvisação livre.

Vale aqui a lembrança da apresentação do GEM (Grupo Experimental de Música) no final do evento. Achei este vídeo no youtube onde dá para ter idéia do trabalho genial deles:

                                                          


Pena não haver registro das duas apresentações de que eu participei. Ficam as fotos dos meus dois instrumentos que foram expostos:




O primeiro deles era uma mistura de botoeira de semáforo de pedestres, iluminação de jardim, um velho motor de mixer de cozinha - com rotação controlada por um dimmer -, e uma série de implantes na parte externa da luminária de jardim, como uma lata antiga de negativo, partes giratórias de um antigo videocassete, lâmina de metal e uma campainha feita de uma mola e uma forminha de empada. 

A captação era feita pela bobina reaproveitada de um galvanômetro. Podia ser tocado percussivamente (batendo), girando as peças de videocassete, além da possibilidade de ligar o motor do mixer através da botoeira e alterar o som usando o controle do dimmer.








O outro instrumento exposto era feito de 2 antigos rádios AM com os circuitos expostos, que se interferiam mutuamente. Além do som produzido pela interferência de um rádio no outro, era possível alterar o som colocando os dedos nas partes expostas do circuito, provocando efeitos similares ao som do Theremin. 

Também haviam 3 motores de corrente contínua, que ficavam próximos aos rádios e que produziam som pela interferência. A rotação dos motores era controlada por um velho acelerador de autorama.

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Exposição VOL - Galeria Vermelho -  2004

Esta instalação foi feita com uma boa parte dos instrumentos que eu eu inventei para usar no grupo LCD.

 Os sons saiam de rádios que se interferiam mutuamente, osciladores controlados por luz, motores (alguns pequenos de gravador cassete controlados por acelerador de autorama, outros de mixer de cozinha), velhos relês, teclados de brinquedo, teclas de um velho computador CP 200, botoeira de semáforo de pedestre, luminária de jardim com peças móveis de um velho videocassete, tudo mixado em uma pequena mesa de som que ficava embaixo do cubo da instalação.

 A saída da mesa era amplificada por um velho rádio anos 50, de onde saia todo o som. Um timer caseiro controlava o tempo do evento sonoro, aproximadamente 2 minutos.

 Um dos osciladores era controlado por pulsos vindos de uma outra instalação, de Pedro Perez (uma interação entre obras acertada durante o processo de montagem). 











Aqui um vídeo que fiz na época de uma pessoa que eu não conhecia pessoalmente interagindo com a instalação








Eu comecei a montar minhas traquitanas desde os anos 80, sem compromisso e sem saber muito bem o que fazer com elas.

Vinte anos depois, minhas traquitanas se tornaram meu próprio jeito de interferir, a linguagem a que eu mais me apego, talvez porque elas saem do controle para me ensinar coisas novas, ou talvez porque eu gosto de ver como as pessoas reagem. Na verdade existem muitos motivos que eu nem conheço muito bem, e que um dia talvez entenda melhor.


Este blog chega na hora certa. Poderia ter começado nos anos 2000, quando eu usava com mais frequência minhas traquitanas para tocar ou eventualmente participava de alguma exposição. O fato é que só agora eu estou convencido de que o que eu faço faz sentido, e que  vale a pena continuar. 


O mundo está lotado de tecnologia, e isso também quer dizer lixo tecnológico, obsolescência programada e  padrões de uso da tecnologia. Não tem coisa melhor do que passear no meio disso tudo e brincar de tirar as coisas dos seus lugares originais.


Aqui eu vou mostrar o que eu já fiz e mostrar meu processo com as coisas que vou fazer daqui para frente. 


Sejam bem-vindos.